Que ninguém diga irrepetível... e não foi! O FC Porto venceu a Edição 2010/2011 da Liga Europa, a segunda mais importante competição europeia de clubes de Futebol.
Ao contrário do que muitos pensavam - eu excluído - não foi fácil, e a vitória teve um misto de paciência, arte, e sorte.
Não foi como a edição de 2002/2003 que parecia que de cada vez que marcávamos, lá vinha um senhor chamado Larsson equilibrar o marcador, com uma rapidez que só ela chegaria para desanimar o mais dedicado jogador em campo.
Não foi fácil, mas vencemos, contra um Braga que fez o que lhe cabia fazer, dado que sabia não possuir armas para discutir o resultado de outra forma. Não deixa de ser irónico que sendo Domingos um ex-avançado, as suas equipas primem por uma solidez defensiva de alto nível.
O jogo não foi bonito, foi muito táctico, com um Porto a tentar encontrar brechas e explorar fraquezas, e o Braga a procurar o contra-ataque rápido e letal. Era um jogo de quem marcar primeiro ganha e, felizmente, fomos nós, em mais um cruzamento do jogador renovado Guarin, para um Falcao com uma capacidade de cabeceamento que só encontra rival em Mário Jardel, tendo, no entanto, outras qualidades que este último não possuía.
Marcar aos 44 minutos foi muito bom. Porque nos adiantamos no marcador e porque tem um efeito psicológico na outra equipa que nos favorece. Efeito esse, que Fernando ia deitando por terra com uma desatenção que não pode acontecer numa final, e que o aniversariante Helton tratou de resolver. Helton esta época já nos deu muitos pontos. Muitos mesmo. E quando não nos deu pontos, salvou-nos de ficar em posição de os perder. Bravo para ele! Um grande Capitão!
No meio disto tudo alguma tristeza pelo Braga. Porque foram enormes ao longo de uma participação fantástica na Liga Europa e boa na Liga dos Campeões. Quantas equipas não se apuram com 9 pontos para os oitavos de final? Poucas... Porque estavam nesta equipa jogadores que já haviam perdido uma final, e perdê-la outra vez deve ser muito doloroso. Porque não possuem os mesmos recursos mas quase logravam mais que outros que muito investiram e nada ganharam.
Com a conquista da Liga Europa, esta torna-se uma época ainda mais marcante, depois de várias exibições de garra e de demonstração de capacidade futebolística. Qualquer adepto portista que a tenha vivido vai recordá-la como uma das melhores de sempre. E que ninguém diga irrepetível...
OBRIGADO PORTO!
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