quinta-feira, 10 de março de 2011

CSKA Moscovo 0 x FC Porto 1 - Liga Europa - 2010/2011 - 8ºs de Final - Primeira Mão - A tradição ainda é o que era

Foto retirada de MaisFutebol

Chegamos a Moscovo como a última equipa a ter vencido em Moscovo nas competições europeias, no já distante 2006, e saímos de lá como a equipa que voltou a vencer num terreno onde muitos outros não lograram tal feito.

O CSKA de Moscovo foi, se não estou em erro, a equipa com a melhor performance na fase de grupos da Liga Europa.
Chegar a Moscovo e vencer é, portanto, um feito de relevo.

Esta equipa tem um ataque muito rápido e perigoso. Muitas vezes fomos apanhados em contra-ataques rápidos e numerosos dos russos, que nos criou alguns calafrios.

Com um meio campo a perder muitas bolas e os ressaltos a irem parar invariavelmente à equipa contrária, foi preciso muita paciência na altura de atacar, para não desguarnecer muito a defesa. Não totalmente conseguido, logramos não sofrer golos e marcamos um, pelo patinho feio de serviço, mas que mais uma vez nos voltou a dar uma vitória.

Guarin é um poço de vontade e dedicação. Marca grandes golos e dedica-se à sua tarefa em campo como poucos. Mesmo que não tivesse marcado, para mim teria sido o melhor jogador em campo. 

Espero que Hulk e Guarin não tenham lesões graves. Jogar em sintético será sempre um risco. 

Temos um pé nos quartos de final, mas temos de ter muito cuidado em casa, que estes russos não são nada fáceis de bater.

2 comentários:

  1. Partimos para esta partida, a meu ver, com um favoritismo "falso", desfasado da realidade do jogo e das equipas envolvidas. De um lado um Porto motivado, com uma mão no título nacional e a espreitar a glória europeia de voltar a uma final da UEFA, com o plantel praticamente completo (salvo a excepção do A. Pereira) e até com as estatísticas do seu lado. Quem lesse apenas até aqui pensava que o Porto tinha obrigação de ganhar por 15-0 (á la adepto da mouraria...).

    Mas do outro lado está uma equipa fresca (de ínicio de época), dotada de jogadores com talento e velocidade e acima de tudo habituada ás condições do estádio em Moscovo (frio e sintético). Para além disso, tem um sistema de futebol assente em estratégias e métodos simples (para mim são as piores). Futebol directo assente na rapidez dos avançados.

    Ora ontem eu ia confiante que o Porto iria saber de tudo isto que eu referi atrás... mas ao que parece não assimilaram isso. Wagner Love aparecia constantemente nas costas de Fernando e aproveitava um espaço entre a linha de meio campo e da defesa, que o Porto teimava em abrir durante o 1º Tempo. Destes erros consecutivos era possível ao brasileiro abrir jogo para o rapidissimo Costa-Marfinense poder aparecer na cara do Helton... e valeu-nos o capitão ontem.

    Até ao intervalo, Rolando e Otamendi foram incapazes (mais Rolando pela sua velocidade, uma vez que Otamendi é mais pesado por natureza) de subir as linhas e impedir estes movimentos do ataque russo.

    Na segunda parte, e acredito que por acção de AVB (que deve ter visto o mesmo que eu) o Porto subiu e colou as suas linhas deixando de abrir espaço para os russos. Outra coisa que começou a funcionar foi o alternar entre Moutinho e Guarín no suporte ao ataque, funcionando num falso 4-3-3. Foi assim que se chegou ao Golo.

    Nota positiva para o trabalho de Souza que entrou bem na partida, assumindo um papel no "carrossel" que era necessário para controlar a bola.

    Não sei se por adaptação ao relvado, se da sede de voltar a marcar, Hulk foi novamente um menos numa equipa que vai precisar mais do brasileiro.

    Agora é preciso atenção, cuidados redobrados para a segunda mão, tendo em conta que o relvado já não atrapalha tanto e que já conhecemos mais do adversário.

    ResponderEliminar
  2. Bom dia,

    Mostramos mais uma vez que perante qualquer adversidade, temos capacidade de adaptação e conseguimos vencer.

    Ontem num relvado sintético, Hulk e James não se adaptaram, e na primeira parte pouco jogo ofensivo produzimos.

    Limitamos-nos a tentar controlar o excelente tridente ofensivo russo, que nos causou imensos calafrios.

    Na segunda parte a partir dos 60 minutos, e depois das alterações de Villas Boas, dominamos o jogo, chegamos à vantagem, e podíamos mesmo ter sido "gulosos" e ter lutado pelo 2 a 0, mas a equipa não quis arriscar, pois o adversário, face à qualidade dos elementos que entraram Nedic e Tosic, também poderia marcar e colocar em risco o excelente resultado.

    Valeu Helton, sempre seguro a transmitir tranquilidade a uma defesa que esteve num excelente nível. Grande exibição de Otamendi, Rolando, Sapunaru e Fucile muito bem. No meio campo Fernando e Moutinho estiveram ao seu nível. Varela entrou muito bem no jogo, tal como Cebola e Guarin foi uma aposta ganha de Villas Boas.

    Agora no Dragão temos de ser mais eficazes do que fomos diante do Sevilha, para marcarmos e não andar na corda bamba até final do jogo.
    Esta equipa russa provou ontem que pela qualidade dos seus atacantes, pode marcar em qualquer campo.

    Nós somos superiores no computo geral e temos uma vantagem que nos permite chegar aos quartos de final.

    Bravos os nossos adeptos que se deslocaram a Moscovo apara apoiar a equipa.

    Abraço

    Paulo

    http://pronunciadodragao.blogspot.com/

    ResponderEliminar