terça-feira, 16 de novembro de 2010

Perguntas inocentes, frases estúpidas e publicidade gratuita

Publicidade não solicitada à Super Bock
Ao percorrer a minha lista de blogues que sigo com a frequência que o tempo me permite, deparei-me com este post na Reflexão Portista.

António Pedro Vasconcelos - ora em diante referido como APV, membro do painel de comentadores do Trio D'Ataque, indaga a razão de a Sede da Liga Portuguesa de Futebol ser no Porto. Mas isso, é só a pergunta final do seu texto que aborda realmente a questão da saída de Ricardo Araújo Pereira, e José Diogo Quintela, da lista de cronistas no jornal A Bola.

A respeito da pergunta final, o post que refiro acima, não contém várias razões para assim ser, mas sim exemplos de outras Ligas de Futebol em que a Sede não é na capital do respectivo país. Vou só acrescentar, que a Sede foi criada no Porto porque, se bem me lembro, o edífcio na qual está localizada foi oferecido. Não me parece que seja obrigatório que seja em Lisboa, antes pelo contrário. Antes houvesse mais exemplos de descentralização. E podia estranhar que APV ache estranho, mas não me é estranho que APV estranhe. 

Quanto ao tema principal do texto com que APV nos brinda, não pude deixar de me rir. 

Um homem que se diz sério e boa gente, consegue escrever isto:
«Desta vez, no jornal onde, até agora, conviviam, democraticamente, os portistas Miguel Sousa Tavares e Rui Moreira, com Leonor Pinhão e Ricardo Araújo Pereira, além de Diogo Quintela, um sportinguista decente, agora, só ficou a filha de Carlos Pinhão a defender as cores do nosso Glorioso! Tudo em nome da isenção e do pluralismo.»

Pensava eu que nem o mais obcecado benfiquista achava que Leonor Pinhão primava pela isenção. Enganei-me.

Ricardo Araújo Pereira e José Diogo Quintela abandonaram o jornal A Bola. Não porque alguém os empurrou, mas porque andavam num "bate-boca" com Miguel Sousa Tavares, e no meio de um artigo alegadamente censurado, o «sportinguista decente» decidiu deixar de escrever perante tamanha desfeita, e Ricardo Araújo Pereira seguiu-lhe os passos.

APV ficou certamente triste. Ricardo Araújo Pereira deve ser dos poucos que mesmo dizendo mal do meu clube, consegue-o fazer com uma ironia humorística sagaz. Já Leonor Pinhão, continuará a ser o que lhe chamou: a descendência de Carlos Pinhão. Consegue fazer um texto que usa as palavras "filhos" e "meretriz", mas não tem a mesma piada.

Outra bela passagem é esta: «O JOGO é o jornal do FCP. A BOLA é conotado com o Benfica.»

O senhor APV deveria saber que o jornal "O Jogo" tem mais páginas dedicadas ao Benfica do que ao FC Porto. Não tem é as belas capas do "Exterminador Implacável". Já o jornal "A Bola" tem assento nas reuniões do Benfica em que se decide o que se vai anunciar como decidido dias depois. Aliás, consta-se que até o senhor APV esteve presente e depois comentou tais decisões como se fosse a primeira vez que as ouviu. É no jornal "A Bola" que estão jornalistas que negociaram contratos com jogadores para o Benfica. Não me recordo de qualquer caso semelhante com o FC Porto e com o jornal "O Jogo".

Não se preocupe António Pedro, que se perderam dois humoristas, mas continua a ter um jornal inteiro a primar pela isenção e pelo pluralismo... do mundo benfiquista.

Para quem odeia a batota, parece-me intelectualmente desonesto em demasia...

E já agora, uma pergunta inocente: Porque é que o jogo do Benfica para a Taça foi adiado por causa da Cimeira da NATO, mas o do Sporting não o foi? Bem, não é propriamente uma pergunta inocente, mas bem mais pertinente do que a feita pelo senhor APV.

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